segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

“Homem que mais escreveu para e sobre Marechal Thaumaturgo apaga-se”.


Este era Gedeão, home quê abaixava-se para que os simples e os pequenos ficassem em sua autura. “Marechal Thaumaturgo perde o maior compositor e poeta de sua História”!
Vitima de envenenamento, José Gedeão da Silva Cavalcante, 55 anos de idade buscou o descanso eterno na noite do dia 28 de Novembro por volta das 22 horas e foi a óbito na tarde do dia 29 por volta das 13 horas no Hospital da Família em Marechal Thaumaturgo.
Até o momento, não queremos publicar o motivo do suicídio, mas para que se justifique o registro de óbito a Policia Civil investiga as razões que levou o poeta agir contra sua própria vida.
Segundo a direção do Hospital da Família, a unidade prestou os primeiros atendimentos às 22 horas do dia 28 de Novembro de 2014 QUE imediatamente solicitou o TFD QUE se fez presente ao amanhecer do dia posterior (29), mas de acordo com o médico plantonista, Gedeão não se apresentava em condições para locomoção (Marechal Thaumaturgo há Cruzeiro do Sul).
Os médicos que atuam nas salas emergentes de Cruzeiro do Sul vieram prestar socorro ao paciente, mas não tiveram êxito.
O corpo de Cavalcante foi velado na Câmara Municipal de Vereadores, local onde prestou serviço nos registros de Atas, QUE exerceu a função de legislativo (vereador) em 2005, 2006, 2007 sendo o segundo votado nas Eleições Municipais de 2004 pelo PSB QUE no ano posterior (2008) largou o cargo para exercer a função de Secretário de Meio Ambiente durante a Gestão Executiva do ex-prefeito Itamar de Sá.
Biografia:
Segundo os mais antigos da cidade, Gedeão era Natural de Tarauacá, e prestou serviços no município nas funções de Guarda Livre (na época, secretários dos patrões da borracha QUE registrava as compras e as vendas dos patrões e dos seringueiros), prestou Serviços Judiciários em Tabelionato (Registro Civil), foi servidor da Secretaria Municipal de Educação onde cresceu o seu ciclo de amizades. Mas era reconhecido no município, por ser dentista tradicional se doando de forma simples no artesanato de próteses dentárias, em outras palavras, oferecia o sorriso de volta às pessoas. Em meio a tantas diversidades profissionais, Gedeão conquistou cargos, salários, amigos e família.
Gedeão levou em seu Adeus, uma História de vida que muitos de nós tivemos a oportunidade de viver com ele e que o tempo não vai apagar, levou seu violão, a bamdeira de Marechal Thaumaturgo e a coletania do seu ídulo da música (Teixerinha).
Saiba sobre nossa vivencia:
Podemos imaginar que sua maior paixão era a música, a poesia, e suas inspirações estavam centralizadas na cidade que escolheu para viver e na família que gerou e amou.
Gedeão tinha seus conceitos tradicionais, mas era um cidadão de mente aberta e de opiniões flexivas, presava pela hospitalidade para com os seus visitantes, e sua simpatia era fortalecida na elegância de seus traços poéticos e humorados.
Está com ele, era sentir-se privilegiado por sua atenção e seu diálogo agradável fazia-nos esquecer da correria do dia-a-dia. Já sentei com ele na varanda de sua casa para ouvi-lo cantar lindas canções. Já sentei com ele na sorveteria do senhor Renato Motta e degustei em sua companhia o sorvete que mais durou para ser consumido. Já sentei com ele nas escadarias da Igreja Católica às 8 horas da manhã e este foi o dia em que mais recebi cumprimentos, justo por está do seu lado, “como estava importante”, mas não era a me que o povo cumprimentava, apenas aproveitei a oportunidade. Por muitas vezes me contou suas histórias, seus namoros de mocidade e do amor por seus filhos e esposa que a tratava por minha menina. Por vezes me disse que um dia foi em uma rádio de Cruzeiro do Sul e tocou uma música de sua autoria (Tributo ao Governador) em homenagem ao Saudoso Edmundo Pinto. Disse que os locutores tinham anteriormente rejeitado sua apresentação, mas ao concluir, levantou a cabeça debaixo de aplausos por todos os servidores da emissora e que logo após repetiu a música para os presentes na mesma sintonia que naquele instante estava em cadeia com as demais emissoras de rádio do estado do Acre e que no dia seguinte, recebeu o abraço pessoal da viúva do saudoso governador da época. Mas sou singelo em afirmar que as músicas mais conhecidas e amamos de sua obra são: o Hino do Município de Marechal Thaumaturgo e a música Bela Thaumaturgo, já as que me fizeram chorar foram “Sem Ela”, “Papai Noel” e “Papa Francisco”.
Quantas foram às vezes que passava apressado por ele, muitas vezes me escondendo para não me ver, pois se me visse chama para falar de suas obras musicais, política e outros assuntos, e nem sempre tinha tempo disponível para ouvi-lo, mas quando me via chamava em sutques gaucho, “ei, vai pra onde tão avexado”? Quando dizia, “estou”, há nem sei, contava o motivo de minha pressa, mas ele respondia, “pra que pressa”? “Quando esse dia acabar vem outro rapaz”.
Donicélio Nunes.

Um comentário:

  1. Tive o prazer de conhece lo e muitas vezes ouvir os conselhos e fui acolhido.. Mesmo sendo um imigrante mas com o carinho de um grande amigo., descanse em paz.. E meus sentimentos a toda familia., e filhos.. Frank, eline e fernando., um forte abraço Dr. Miguel

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