sábado, 21 de fevereiro de 2015

Repórter é preso depois de fotografar policial civil envolvido em briga no carnaval.

O repórter cinematográfico José Wiles Carvalho Torres, 30, que trabalha na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Cruzeiro do Sul e estava fazendo a cobertura dos bailes carnavalescos foi vítima de abuso policial quando foi preso na madrugada de domingo (14) por policiais civis que atendiam ocorrência que envolvia outro policial civil que foi detido por policiais militares depois de se envolver em briga.
Ao registrar o tumulto causado pelo policial civil, Wiles, como é mais conhecido, foi abordado de forma grosseira por um policial que tentou impedir o registro ao alegar direito de imagem e exigiu que as fotografias fossem apagadas. O repórter não acatou a determinação e por isso foi encaminhado à Delegacia. Durante o trajeto seu equipamento foi arrancado de suas mãos por um policial civil que apagou as fotografias.
Ao chegar a delegacia o cinegrafista questionou o tratamento e sob a alegação de desacato foi levado pelos policiais civis para uma das celas onde ficou cerca de oito horas trajando apenas sua cueca. Ele só foi liberado por voltas das 10:00 horas de segunda-feira (17).
“Estava fazendo o registro normal de uma ação policial, quando um policial que estava no local reagiu sob a alegação que não queria ser fotografado. Ele partiu para tomar minha câmera, argumentando direito de imagem. Afirmei que estava trabalhando e registrando o trabalho dele, enquanto agente público”, disse o repórter que não permitiu, naquele momento, que a câmera fosse tomada.
“ Ele mandou eu apagar as fotos, mas disse que não apagaria”, afirmou Wiles ao denunciar que dentro do carro um dos policiais tomou a câmera de suas mãos na marra e deletou as fotografias da briga onde seu parceiro estava envolvido. Todas as fotos do equipamento do jornalista foram apagadas.
O caso foi comunicado à Corregedoria da Polícia Civil do Estado, que prometeu averiguar a situação. O delegado Elton Futigami, que sempre atende com presteza os jornalistas das empresas de comunicação do município, afirmou que a Polícia Civil não pactua com qualquer tipo de intimidação da imprensa e que todas as responsabilidades dos policiais serão devidamente apuradas.
Em Rio Branco, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, garantiu apuração rigorosa dos fatos que levaram a prisão do profissional da imprensa de Cruzeiro do Sul. “Tudo o que estiver ao alcance da lei para que haja reparação pelo que foi feito ao profissional da imprensa será feito pela Corregedoria, mas temos que analisar todo o episódio”, ressaltou o assessor de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Pedro Paulo.

 Fonte: Juruá Oline.

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