O repórter
cinematográfico José Wiles Carvalho Torres, 30, que trabalha na Assessoria de
Comunicação da Prefeitura de Cruzeiro do Sul e estava fazendo a cobertura dos
bailes carnavalescos foi vítima de abuso policial quando foi preso na madrugada
de domingo (14) por policiais civis que atendiam ocorrência que envolvia outro
policial civil que foi detido por policiais militares depois de se envolver em
briga.
Ao registrar
o tumulto causado pelo policial civil, Wiles, como é mais conhecido, foi
abordado de forma grosseira por um policial que tentou impedir o registro ao
alegar direito de imagem e exigiu que as fotografias fossem apagadas. O
repórter não acatou a determinação e por isso foi encaminhado à Delegacia.
Durante o trajeto seu equipamento foi arrancado de suas mãos por um policial
civil que apagou as fotografias.
Ao chegar a
delegacia o cinegrafista questionou o tratamento e sob a alegação de desacato
foi levado pelos policiais civis para uma das celas onde ficou cerca de oito
horas trajando apenas sua cueca. Ele só foi liberado por voltas das 10:00 horas
de segunda-feira (17).
“Estava
fazendo o registro normal de uma ação policial, quando um policial que estava
no local reagiu sob a alegação que não queria ser fotografado. Ele partiu para
tomar minha câmera, argumentando direito de imagem. Afirmei que estava
trabalhando e registrando o trabalho dele, enquanto agente público”, disse o
repórter que não permitiu, naquele momento, que a câmera fosse tomada.
“ Ele mandou
eu apagar as fotos, mas disse que não apagaria”, afirmou Wiles ao denunciar que
dentro do carro um dos policiais tomou a câmera de suas mãos na marra e deletou
as fotografias da briga onde seu parceiro estava envolvido. Todas as fotos do
equipamento do jornalista foram apagadas.
O caso foi
comunicado à Corregedoria da Polícia Civil do Estado, que prometeu averiguar a
situação. O delegado Elton Futigami, que sempre atende com presteza os
jornalistas das empresas de comunicação do município, afirmou que a Polícia
Civil não pactua com qualquer tipo de intimidação da imprensa e que todas as
responsabilidades dos policiais serão devidamente apuradas.
Em Rio
Branco, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, garantiu apuração
rigorosa dos fatos que levaram a prisão do profissional da imprensa de Cruzeiro
do Sul. “Tudo o que estiver ao alcance da lei para que haja reparação pelo que
foi feito ao profissional da imprensa será feito pela Corregedoria, mas temos
que analisar todo o episódio”, ressaltou o assessor de imprensa da Secretaria
de Estado de Segurança Pública, Pedro Paulo.
Fonte: Juruá Oline.
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